Fagner e Zeca Baleiro - Balada de Agosto

Dois geniais nomes da Musica Popular Brasileira, os nordestinos Fagner(Ceará) e Zeca Baleiro(Maranhão) formam uma das parcerias mais fantásticas de que tenho conhecimento. Essa parceria deu origem a um DVD em que interpretam não só faixas da carreira solo de cada um, mas também músicas que compuseram juntos. Vale a pena assistir o DVD todo, mas pra já deixo aqui a favorita do momento, Balada de Agosto. Essa letra é simplesmente sensacional. Fala de solidão e cada verso aguça meu cérebro de uma forma diferente.

"Lá fora a chuva desaba e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa o vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras que não digo
Mesmo na luz não há quem possa se esconder no escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha nos teus olhos"

Guns N'Roses - Don't cry

Me reservo ao direito de não fazer nenhuma síntese sobre a banda americana liderada por Axl Rose e Slash. Seu sucesso foi tamanho que é impossível encontrar algum cidadão habitante deste planeta que não conheça nenhuma música do Guns N'Roses. Pois bem, essa semana ando a atravessar uma vibe Guns N'Roses, e nada mais justo do que prestar uma homenagem a essa banda que permeou minha adolescência e me apresentou os primeiros acordes de uma música de rock n'roll. 

Chris Cornell - Wide Awake

Uma das maiores vozes do Rock, sem dúvidas alguma, Chris Cornell participou do Soundgarden, Temple of dog e  Audioslave.  Gravou em 2006, na Suécia, um álbum acústico contendo faixas das suas bandas, de sua carreira solo e mais alguns covers (como Led Zeppelin e Bob Marley). 

Fica aí a música do momento, Wide Awake, do Audioslave,  que conta com um vocal brutal de Chris (destaque para o minuto final da música).

John Mayer - Bigger than my body

Muito amigos falavam, então resolvi dar-lhe uma chance. Para minha surpresa, minha memória achou em algum canto do meu cérebro lembranças  das músicas do cantor norte americano que passou a ser presença constante nas minhas setlists. O álbum Heavier Things, do cantor e guitarrista John Mayer, se apresenta  num estilo pop rock com influências de blues. Conta com uma sequência fulminante nas 5 primeiras faixas, que ao meu ver, são imensamente superiores às 05 últimas, que também são muito boas!

John Mayer estará no Rock in Rio Lisboa, dia 21 de maio de 2010, e estou a cogitar seriamente ir vê-lo.

 Deixo aqui a minha favorita do momento, Bigger than my body.

Los Hermanos - O velho e o moço

O conjunto que surgiu no mundo da música em 1999 com o hit Anna Júlia (já aí vão mais de 10 anos, e lembro-me como se fosse hoje) provou que era capaz de ir muito além, tornando-se um dos grandes nomes da música brasileira. Após saltar do Rock-Punk-Trovador-Carnaval do primeiro álbum (que leva mesmo o nome da banda) para o Rock-Romantico-Alternativo do Bloco do Eu Sozinho(2001), o Los Hermanos lançou seu melhor álbum (digo isso sem medo de errar), entitulado Ventura. O disco é claramente o fim de uma linha de evolução, não só de estilo, como também  de qualidade musical. Por mais que o primeiro álbum tenha ótimas faixas, não há modos de compará-las com as do Ventura.

Segue abaixo uma das minhas favoritas do disco: O velho e o moço. Essa belíssima composição de Rodrigo Amarante (guitarrista, vocalista, compositor da banda) conduz a uma viagem reflexiva ao velho (experiências acumuladas) e ao moço (insegurança, dúvida, coragem) que cada um carrega dentro de si.

Deixo tudo assim
Não me importo em ver a idade em mim
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto
Sei do incômodo e ela tem razão
Quando vem dizer, que eu preciso sim
De todo o cuidado
E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz
Quem então agora eu seria?
Ahh, tanto faz
E o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar
Mas eu quem será?
Deixo tudo assim, não me acanho em ver
vaidade em mim
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.
Sei do escândalo e eles têm razão
Quando vem dizer que eu não sei medir
nem tempo e nem medo
E se eu for o primeiro?
A prever e poder desistir
do que for dar errado
Ahhh
olha, se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão
Ahhh, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
aceito a condição
Vou levando assim
Que o acaso é amigo do meu coração
Quando falo comigo, quando eu sei ouvir.